O tempo nos rouba os bens mais preciosos: nossas fantasias infantis.
Palavras novas, que nossa inocência não conhecia, foram metodicamente introduzidas em nossa verborragia diária. Sentimentos outros que não o amor, a felicidade, o carinho, a felicidade, o direito e a disponibilidade, foram soterrados pelos sentimentos da fase adulta, que ferem a beleza natural das crianças. Se nos rendemos ao que todos admitem ser teoria, deixamos de comungar no prato divino da sabedoria. Me obrigaram a dobrar meus joelhos diante de altares construídos por mãos humanas, a beijar mãos humanas recheadas de anéis, a dizer versos repetitivos que não eram familiares, induzindo-me a crer no que estava estabelecido pela regra geral da política da boa vizinhança.
Meu espírito fundiu-se ao que o ferro da mentira possessiva derretia com sua força e poder. Foram décadas na insistência de libertar meu espírito fâmulo desse carrossel de formalidades convenientes.
E quando da ocorrência desse milagre existencial, cujo despertar é mais belo do que a explosão da vida após o período ventral, levitei meu corpo das escórias sociais e me tornei senhor de minhas próprias idéias e pensamentos. Não há como passar essa receita. Não há como passar o sabor desse néctar precioso e fecundo.
O que posso fazer em respeito aos direitos dos outros, sem demagogia, sem sofismas, é abrir meu coração e minha alma para que tornem-se plataformas para que você inicie sua levitação pessoal.
Carlos Roberto Ventura
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