O MEDO DA SOLIDÃO (PARTE II)

Medo da Solidão

A humanidade tem absoluto pavor da solidão, e esse temor engessa suas vidas no que tange às relações, às atividades e aos comportamentos tóxicos. É normal, se partirmos do ponto de vista psicológico de que somos seres sociais por natureza.

Decidi, então, fazer algumas observações a respeito dos efeitos da solidão.

Sob uma perspectiva pessoal:

- Percebi que a influência dos Astros em meu Mapa Natal me leva a adotar um comportamento naturalmente ostracista: ao menor sinal de temor, contrariedade, irritação ou superexposição eu entro em um estado introspectivo e isolado. Lembra bastante o caranguejo, símbolo do meu signo, câncer, e de sua reação diante do risco.

Por causa da introspecção e do isolamento aprendi a ser autosuficiente. “Afinal, se não há tanta gente por perto para ajudar, melhor aprender a fazer tudo sozinha...”

Hoje vejo como esse processo é nocivo às relações sociais. Não é fácil desprogramar-se desse padrão comportamental, uma vez que se cria o vício nas sensações que ele gera. Por fim, tudo isso nos leva a um caminho: a solidão. Entender-se coexistente, coparticipante e coatuante na vida é um aprendizado difícil, porém delicioso.

Em contrapartida, há também o aspecto positivo da independência, da autoanálise e do crescimento que é proporcionado ao estar em contato consigo. O que se pode perceber, mais uma vez, é que o meio termo é o ideal de tudo.

Vemos muitas pessoas condicionando sua felicidade ao surgimento de um mágico alguém, com a ilusão de que o surgimento desse ser solucionará todos os problemas. Enquanto isso não acontece, afundam-se em um mar de ansiedade, compulsão e vícios comportamentais.

Consciente de que atraímos aquilo que emanamos, em desequilíbrio, compulsivos e ansiosos o que podemos atrair? A resposta parece óbvia...

Compartilhar, ou seja, dar e receber na mesma proporção, só é possível a partir de uma natureza íntegra, consciente e feliz. Um relacionamento é para ser leve. Receber alguém como uma dádiva para partilhar a felicidade, para caminhar em paralelo, é muito diferente de “ter” alguém para arrastar você pela vida com a incumbência de fazer-lhe feliz.

Que olhemos para dentro de nós e atentemos para a voz do nosso coração. Que possamos experimentar a solidão em paralelo às relações, fundamentadas em verdade, retidão, amor, paz e não-violência. Esse equilíbrio proporciona a tão sonhada felicidade.

Permitida a reprodução parcial ou integral desde que mencionada a autoria.

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Luz e Paz

Ediza Martins

Mapa Astral

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