Vinte anos é uma bela idade, mas tem o inconveniente de não se dar a conhecer senão depois que a perdemos. Para quem chega aos cinquenta, não há tempo mais doce; quando se tem vinte anos, é um inferno.
A alma não se encontrou ainda, mas julga haver-se reconhecido. Tudo é triste e velho, não há esperança nem ingenuidade.
É impossível ser otimista quando ainda não houve sofrimento nem foi avaliado o preço da vida. A mocidade nutre-se de equívocos, e as vezes chega a morrer deles...
A alma não se encontrou ainda, mas julga haver-se reconhecido. Tudo é triste e velho, não há esperança nem ingenuidade.
É impossível ser otimista quando ainda não houve sofrimento nem foi avaliado o preço da vida. A mocidade nutre-se de equívocos, e as vezes chega a morrer deles...
Carlos Drummond de Andrade em homenagem a Fagundes Varela, em Poesia e Prosa, Editora Nova Aguilar, p.1316.
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