Eu busco verdades e respostas,
Encontro mais e mais perguntas.
Contemplo a divindade que carrego comigo.
Anseio por retirá-la do claustro em que se encontra
e poder, enfim, manifestá-la humana e simplesmente.
Hoje ela se mostra em brechas de luz
através da minha humanidade insana.
Sou mulher.
Sou livre, e às vezes preciso de grilhões.
Sou mola propulsora,
Sou colo e afago,
Sou forte e frágil.
Sou silêncio e esporro,
Sou essência e imagem,
Jamais réplica.
Sou um sorriso largo
Sou um olhar vívido.
Meus sentidos me norteiam
e também desbaratinam.
Sou movida por toques, cheiros e gostos
Sou fluídica: sangue, suor e gôzo.
Foda-se o rótulo.
Ainda sou lacuna.
Por Ediza Martins
Em 27/04/2010
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